17.9.08

Um gajo anda por aí às voltas e acaba a tropeçar em blogues geniais

Como é o caso do Nacional Maior. "Anos 90 do futebol português" ou o tempo em que o Miguel Barroso comentava futebol em alternância com o Gabriel Alves. E infelizmente também com um sujeito chamado José Nicolau de Melo que tinha sérios problemas em pronunciar nomes como Zahovic e Drulovic. Ainda não encontrei no Nacional Maior nada com o "carimbo" do Francisco Figueiredo, o último grande repórter de pista das transmissões televisivas em Portugal. Recordo um jogo disputado na Amadora, debaixo de forte chuva, onde decide entrar na emissão para dizer "chove agora com mais intensidade e eu que trouxe sapatinhos de Verão". Já não se fazem jornalistas assim. O Nacional Maior permite ainda recordar a melhor equipa que já vi em Belém, na distante época de 1992/93, na qual alinhavam o genial Emerson, aquele que ficou conhecido como um-filho-da-puta-de-um-traidor Mauro Airez e um dos melhores centrais que vi no Restelo, de seu nome Guto, um jogador que era descrito como "eficaz na marcação" o que é mais ou menos o mesmo que dizer mestre na arte de mandar arrochada no adversário. Há por lá um resumo de um jogo com o Benfica onde dá para ficar com uma ideia bem clara do que acabei de escrever. Esse jogo acaba aliás por ser um documento histórico, pelo menos para aqueles que não percebem a razão de toda uma geração de adeptos do Belenenses, na qual me incluo, considerar o Benfica o maior rival. É que há merdas que não se esquecem. Ainda por lá destaque para um célebre Boavista-Guimarães, onde debaixo de temporal esteve em evidência o central Tanta na nobre arte do carrinho, que devia ser de visionamento obrigatório em aulas de Educação Física. A ver se os putos jogam à bola como homens.

3 comentários:

Goncalo disse...

Agradeço a simpática referência ao blogue, bem como a alguns monstros sagrados do jornalismo desportivo nacional, que só não têm um maior relevo na memória colectiva por terem sido ofuscados - de forma algo injusta, devo dizer - pelo Gabriel Alves. Francisco Figueiredo é um desses nomes e, se não há vídeos dele, será apenas por coincidência ou porque foi autor de menos resumos de jogos do que Gabriel Alves, José Nicolau de Melo, Rui Loura, Carlos Daniel ou aquele tipo de voz grossa que fazia reportagens do Marítimo.

Quanto aos jogadores do Belenenses da época 1992/93, falta a referência ao avançado Gonçalves, que acabaria por ser um dos artilheiros dessa temporada. Sobre o jogo Boavista - Vitória de Guimarães, é uma das melhores memórias do futebol na lama que se jogou muitas vezes nos campos portugueses na década de 90.

Cumprimentos.

Samuel Filipe disse...

Bem lembrado o Francisco Figueiredo! e chegou a fazer os comentários das grandes voltas (quando davam na 2) junto com o Marco Chagas e era igualmente só rir...

Anónimo disse...

Francisco Figueiredo era o maior! Alguem deveria iniciar um movimento a promover o regresso à tv.