31.7.12

No amor como nas Olimpíadas

Há mulheres tão complicadas que um gajo devia ser medalhado só por atingir os mínimos. Sem mais provas.

27.7.12

Em verdade vos digo

Tenho tanta dificuldade em arranjar companhia para sair à noite que faz todo o sentido a publicidade: "os jogos olímpicos no teu telemóvel".

26.7.12

Em escuta ali ao lado

O Morrissey é como aquele grande amor que depois de rejeitar dezenas de convites lá envia sms a dizer "combinado, jantamos sexta". Depois nessa mesma tarde, já nós com suores frios a contar minutos, comunica "afinal não vai dar, tenho uma festa, fica para a próxima". Ficamos vermelhos de raiva, gritamos um ou outro insulto, juramos que nunca mais havemos de ser apanhados naquelas figuras e num gesto pegamos no telemóvel: "e amanhã, podes?"

14.7.12

Alive

Está tão pouca gente na rua em Lisboa que devia existir publicidade: "Durante o festival não abandone o seu amigo"

11.7.12

Era aplicar a "lógica de Relvas" ao Amor

"A sua experiência sentimental permite-lhe saltar uma série de etapas, provas e chatices"

10.7.12

Em escuta ali ao lado

Adaptando um slogan de 2010 "não, não é por causa de Radiohead" que vou ao Optimus Alive. Irei aliás apenas em um dia. O primeiro. Tal como em 2010 também este ano o evento está esgotado. A fórmula repetiu-se e o método voltou a ser vencedor. Uma banda forte que arrasta uma legião significativa de fãs, não o nego, mas que tem também a "magia" de convencer os outros.

Aqueles que para não ficarem à margem do grupo dizem "ya ya Radiohead" por já terem de facto escutado uma ou outra coisa. Mas se depois alguém pedir um top 5 das melhores músicas engasgam-se logo no número dois.

O "segredo" para o sucesso do Alive passa muito por aqui. O conseguir que o evento, inicialmente destinado a ver e ouvir concertos, tenha sofrido uma transformação com o passar do tempo para um local onde estar na noite de sexta e sábado. Como se fosse uma extensão do Cais do Sodré ou o Bairro Alto.

É o "efeito de contágio" no que ao arrastar de multidões diz respeito e que se verifica sobretudo nos festivais urbanos. E as "regras do social" mandam esquecer a crise não vá um tipo ficar com a imagem de quem não curte festivais.

E depois há quem assista aos concertos a escutar o grupo do lado a falar sobre os planos para as férias. Há quem sorria com a piada que o vocalista acabou de fazer e ao lado estão a partir-se a rir com o não sei quantas a-contar-aquela-vez-em-que-apanhou-uma-bebedeira-na-Zambujeira-do-Mar. E já que falamos no tema e porque não beber agora mesmo mais uma, e depois outra, e mais outra que às 22h já estão caídos a um canto com meio festival ainda por acontecer.

Em relação a Radiohead, nunca fiquei muito impressionado com a coisa. Embora reconheça a qualidade. Para escutar em casa. A pensar na vida. Não que queira duvidar dos méritos da depressão colectiva, o "Karma Police" ao vivo é algo que não seduz, embora defenda que a Kleenex terá perdido aqui uma interessante estratégia de marketing.

A sexta-feira serve para ir até Algés matar saudades do Ian Brown que "encontrei" o ano passado no SBSR num concerto que teve contornos de tragédia. Serve para confirmar se a fama que coloca os Justice entre os melhores performers da actualidade é real.

E depois para as outras coisas. Como o que está em escuta ali ao lado e que no festival apresenta-se a umas insuspeitas seis horas da tarde, no palco secundário dos palcos secundários. Aeroplane, um dos DJ mais estimulantes da actualidade, e que conta no tema "Without Lies" com a colaboração de Sky Ferreira que o Google afirma ser luso-descendente.

Ver como é para contar como foi.

8.7.12

Citando

George: This is all too much. So what are you feeling? What's going on? Are you like a couple again now?
Jerry: Not exactly.
George: Not exactly. What does that mean?
Jerry: Well, we've tried to arrange a situation where we'll be able to do this once in a while and still be friends. (George laughs hysterically and stands out of his seat)
George: Where are you living? Are you here? Are you on this planet? It's impossible. It can't be done. (He sits back down) Thousands of years people have been trying to have their cake and eat it too. So all of a sudden the two of you are going to come along and do it. Where do you get the ego? No one can do it. It can't be done.
Jerry: I think we've worked out a system.
George: Oh, you know what you're like? You're like a pathetic gambler. You're one of those losers in Las Vegas who keeps thinking he's gonna come up with a way to win at blackjack.
Jerry: No, this is very advanced. We've designed at set of rules that we can maintain the friendship by advancing all of the relationship pitfalls.
George: Sure, all right. Tell me the rules.
Jerry: Okay. No calls the next day.
George: (To himself) So you're havin' the sex, next day you don't have to call. That's pretty good. (Back to Jerry) Go ahead.
Jerry: You ready for the second one?
George: I have to tell you, I'm pretty impressed with the first one.

Seinfeld, "The Deal"

3.7.12

De vez em quando tenho estas ideias mas isto depois passa

Na Áustria deve ser divertido um gajo abrir um estabelecimento comercial e colocar a indicação "Sala na Cave". Contratar uma empregada jovem que sofra daqueles tiques nos olhos em que nunca se sabe se está a querer chamar a atenção para algo ou é apenas uma perturbação nervosa. A carrinha da empresa deverá ser uma Ford Transit branca. Depois é só esperar para ver quantas pessoas chamam a polícia.