21.5.12

Jamor

Para os clubes com ambições modestas o importante é "chegar ao Jamor". Estar ali, fazer parte da festa. O favoritismo e o mediatismo estão do outro lado. Daqueles para quem o importante, mais do que a presença, é "levantar o troféu". Os olhos estão todos nos "grandes" e durante a semana a imprensa dá notícias como "em caso de vitória festa será em Alvalade". Como se do outro lado não existisse o direito a festejos. Ou a sonhar com eles. E depois a bola rola e o jogo começa. E por vezes há momentos de inspiração. Um contra-ataque bem sucedido. Um lance de bola parada. E contra todas as expectativas o mais improvável dá por si com o troféu nos braços. Logo ali esquece os tempos de "seca" e sobe-lhe a ambição à cabeça: "agora é vencer nas competições europeias". A magia da Taça de Portugal é não se tratar de uma competição longa e desgastante onde é premiada a regularidade. São eliminatórias disputadas ao género "perde-sai". E nessas partidas, onde tudo se joga em 90 minutos, o excesso de confiança pode ser aniquilado e a surpresa tomar lugar numa expressão que se designa por "acontecer Taça". E a páginas tantas isto nem é um post sobre futebol.

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