Estou certo que como eu, oitenta por cento dos adeptos do Belenenses que se deslocaram a Alvalade não o fizeram a esfregar as mãos a pensar na vitória. Em causa estava sobretudo aquilo que à falta de melhor expressão pode ser referido como a defesa de um simbolo. Exibir ao mundo futebolistico português uma demonstração de vitalidade e sublinhar que mesmo na segunda (e às segundas) este clube tem gente que se encarrega de manter o estaminé vivo e aberto. Nesse capitulo, esta terá sido provavelmente a derrota mais feliz que tive até hoje em muitos anos de militância, chamemos-lhe assim. Uma presença forte, e sobretudo constituida apenas por adeptos azuis sem infiltrações de outras cores, ao contrário do que sucede em outras paragens, e uma identidade e espirito que muitos julgavam estar já irremediavelmente perdida. Antes do jogo, na fase do vê-lá-se-convences-o-gajo-a-vir, houve quem apontasse como argumento para a deslocação o de tratar-se, muito provavelmente e infelizmente, da última oportunidade de assistir a um Sporting-Belenenses. Não quero acreditar que tenha sido. Mas a ser verdade, e como dizia o Jarvis Cocker, don't you remember that you once said that you liked happy endings?
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